terça-feira, 30 de dezembro de 2008

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

terça-feira, 25 de novembro de 2008

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

ENTREVISTA: HELDER E ELAINE, OS PALHAÇOS ESPARADRAPO E TINTINHA

O que significa atmosfera mágica e autojaBô's. Por que a mudança no nome do grupo?
Esses nomes compreendem momentos específicos da trajetória da Cia. que estão intimamente ligados a História do Teatro de Grupo em São Paulo.
Em julho de 1997 surgiu a ATMOSFERA MÁGICA, minha primeira Cia. de Circo, e iniciamos ali, ao lado de outros grupos uma pesquisa de linguagem cênica que hoje recebe o nome de Circo Contemporâneo. O sistema de trabalho era o colaborativo. O grupo era formado inicialmente por três artistas. Pesquisávamos os temas de interesse comum, pensávamos o texto em conjunto, juntávamos trocados para confecção dos figurinos, criávamos a maquiagem... não havia ainda, a figura do dramaturgista ou do Diretor assumidamente, mas eu acumulava essas funções por estar há mais tempo na área. São desta época, os espetáculos “Tem Café no Bule” e “Acácias”, duas montagens bem sucedidas, com temas novos para o momento e que hoje são explorados até o limite. “Tem Café no Bule”, era uma aventura cômica sobre a condição da mulher na sociedade. Discutíamos, com humor, as conseqüências da libertação feminina. “ACÁCIAS”, sem moralismo, levava para a cena poemas sobre o “Meio Ambiente”. Em dado momento, em meados de 98, optamos por um Diretor e uma dramaturgista. Trabalhamos nesse sistema até o ano de 2003, quando por motivos comuns a maioria dos grupos, as diferenças ficaram maiores que as semelhanças e o grupo ATMOSFERA MÁGICA teve fim. Porém, nessa ocasião, já era certa a minha atuação como dramaturgista e diretora, detentora dos direitos autorais dos espetáculos e, portanto decidi prosseguir, em novas montagens, com novos amigos/parceiros, carregando o currículo mas não o nome da Cia. Nesse mesmo ano, escrevi e produzi “BONS SONHOS”, com importantes nomes na ficha técnica. Foi um trabalho difícil, num regime diferente de atuação. Sem o processo colaborativo arquei sozinha com perdas e lucros, mas o resultado foi pra lá de satisfatório e por fim, foi um enorme prazer trabalhar com tantos amigos. Porém, minha trajetória sempre foi a do trabalho em grupo e assim, com a chegada do Helder em 2004, criamos para AUTOJABÔ’s, numa fase mais madura e consistente, com um nome e logo mais representativo de nossa condição de representantes do Circo, assumidamente escolhemos JABÔ, palavra que significa gravata feita de laçarotes, semelhante a dos palhaços. O AUTO vem de autobiografia, que tem o sentido de “jeito próprio” de fazer. Esta fase, outubro de 2004, marca a chegada do Helder, com um trabalho mais apurado do Palhaço Tradicional e traz consigo uma musicalidade que viria a reforçar a introdução da música ao vivo em nossa pesquisa cênica.
É importante ressaltar que a fase ATMOSFERA MÁGICA, tinha o agravante de contar com a ausência de uma política pública que abraçasse as diferentes manifestações artísticas que pululavam em todos os cantos da cidade. Éramos todos, filhos do Sesc. Se o Sesc contratasse tínhamos como produzir, se não contratasse, não tínhamos. Hoje, contamos com uma política que valoriza as mais variadas linguagens e o Circo passou de “arte menor” a “ARTE CONTEMPORÂNEA”, temos até prêmio estímulo a criação de número. Um avanço significativo apesar de ainda não acomodar todos os representantes da cultura no pais.
Então, respondendo, finalmente, a sua pergunta, acho que ATMOSFERA MÁGICA, significava essa visão sonhadora da arte, que tínhamos na época, e AUTOJABÔ’s, significa o amadurecimento, o olhar prático e por assim dizer “adulto”, que temos hoje do nosso trabalho.


Fale um pouco dos palhaços Esparadrapo e Tintinha.
Você haverá de ter visões diferentes ligados a nossa intuição:
ESPARADRAPO é a representação mais pura da ingenuidade do Palhaço. Explora o Palhaço Excêntrico. É um personagem carismático, ligado ao improviso e a naturalidade no contado com o público e que persegue a figura do Palhaço tradicional do Picadeiro, com toda a sua polivalência, pois Esparadrapo ousa experimentar vários instrumentos e habilidades, mas aposta nos puns de talco, na água que sai da flor, truques e mágicas do Palhaço de Picadeiro, longe dos Clowns, representantes do Teatro.


TINTINHA explora o “Branco”, como era chamado nos primórdios, o palhaço que pintava o rosto totalmente de branco e em vários momentos serve de escada para as peripécias de Esparadrapo. Até por essa condição, de preparar a bola para Esparadrapo chutar, Tintinha é mais técnica, menos improviso e suas ações são mais marcadas e ensaiadas.
Há, porém, uma estreita ligação, devo confessar, entre as condições de atuação destes personagens e as personalidades de seus criadores.
A dupla protagoniza dois dos espetáculos da AUTOJABÔ’s e afina-se muito bem em cena.


Quais as suas fontes de inspiração? Cite alguns artistas que de alguma forma influenciou na carreira de vocês.
Helder - Palhaço Torresmo e depois Picolino. A inspiração primordial é o Circo Tradicional. É a fonte da qual bebemos incessantemente, através de seus representantes mais significativos, meus Mestres!

Elaine, como foi essa mudança radical de fotógrafa para artista circense? Foi questão financeira ou realização pessoal?
Realização Pessoal. Em 1989, tive minha primeira experiência com o Circo. Foi amor a primeira vista! Rompi com a vida que antecedeu esse encontro. Abandonei casa, comida, roupa lavada e um bom salário por mês.
De qualquer forma, a mudança radical foi apenas no campo da atuação porque enquanto profissão a mudança não é tão radical assim, fotografar é uma arte. A arte de ver o que as outras pessoas não vêem. É igualmente apaixonante.
Já ouvi alguém falar que não é possível sobreviver nesta área. Porém, vocês além de muitos outros têm demonstrado justamente o contrário.
Sobrevivo de minha Arte há 22 anos. Não foi sempre uma maravilha, é preciso estar preparado, antenado, esquecer alguns preconceitos e por vezes até fazer aquilo que não se gosta muito de fazer, com o objetivo de atingir uma meta.
Agora, posso te afirmar: não há como ter um emprego fixo fora da área e ser um artista de sucesso. Um dia você vai ter que fazer uma escolha, e foi o que fiz em 1989, quando abandonei a bem sucedida trajetória como fotógrafa.
Toda profissão tem seus altos e baixos, e é preciso estar ciente e forte para suportar e prosseguir.


Dificuldades em conseguir patrocínio ou apoio, tanto na esfera pública quanto na privada tem sido motivos para outros pessoas pensem desta forma?
Hoje já está bem mais fácil do que quando iniciei. Comparando-se, estamos no paraíso. Mas as oportunidades ainda não contemplam todos os representantes da cultura, infelizmente. É batalhar, batalhar e batalhar.


Pra vocês, qual é a principal diferencia entre a arte circense tradicional e a moderna?
Eu não acho que haja diferença a ser pontuada. A Arte do Circo vem se transformando, acompanhando a evolução... acho que é isso. Até esse rótulo “Circo Moderno” é questionável, pois o termo moderno está ligado ao sentido de “atualização” e não a uma “forma diferente de fazer” como muitos afirmam.
O teatro está se servindo de outras artes, a dança também está, e o Circo acompanha esse processo.


Como vocês vêem esta fusão entre circo e teatro?
Acho que respondi acima, mas para complementar a resposta, há um ponto importante a ser discutido:
Muitas vezes, os grupos se servem da linguagem do circo apenas como marketing, aproveitando os bons ventos que sopram a favor desta arte atualmente. De fato, quando você vai ver a obra, ela não justifica a presença da linguagem do circo e nem os atores dominam a habilidade.
Já quando você, como Diretor ou ator, consegue equilibrar as duas artes, o resultado é o melhor possível e colabora para o sucesso da Obra em sua totalidade. Acho que esse é o caminho das artes cênicas na atualidade, a fusão de todas as linguagens.


O circo seria uma filosofia de vida?
O Circo tem filosofia, mas acho que filosofia de vida é bem mais profundo e engloba todas as suas experiências no percurso da vida.


Nestes quase 10 anos de estrada vocês devem ter colhidos muitos frutos e possivelmente algumas decepções, pode nos falar quais?
Muitos frutos e algumas decepções bem sérias. Uma delas é por vezes constatar que nem sempre a qualidade do seu trabalho ou sua trajetória representativa, garantirá que você seja contemplado em determinado edital, pois, muitas vezes, vale mais a sua posição e contatos políticos do que o seu trabalho de artista, propriamente dito.
Uma decepção particular é nunca conseguir tempo suficiente para aprender e ensaiar tudo o que tenho vontade. As Artes, em geral, são um campo muito vasto, e eu me interesso por toda a sua extensão. Será por causa do signo de gêmeos?


Helder, você em um fase da sua carreira você cruzo São Paulo com sua motoca levando todo o seu equipamento de trabalho como perna de pau, malabares, etc... Foi uma experiência para esquecer ou para crescer?
Para crescer e seguir sempre em frente independente das barreiras.


Ser artista circense é quase ser um atleta! Existe uma dieta especial ser um super circense (risos)?
Tipo comer de tudo e muito, como o nadador norte-americano Michael Phelps, que consome diariamente cerca de 12mil calorias diárias (risos) .
Eu sempre ouvi meus Mestres dizerem que quem realmente se exercita nas Artes do Circo, diariamente, não tem necessidade alguma de fazer dietas alimentares, muito ao contrário, precisa, claro, ter uma alimentação saudável, porém reforçada.


Para aprender números circenses pode-se ter qualquer idade? Aqueles mais velhinho que gostam desta arte ainda têm chance de aprende(risos)?
Sempre há tempo, e o Circo tem muitas habilidades, por certo o interessado encontrará um campo compatível com sua condição física. Mas isso é uma visão pessoal, os Mestres, em geral, por terem em suas vidas o exemplo da tradição de pai para filho, que era uma condição natural do Circo nos primórdios (a arte do circo passou a ser ensinada em escolas, apenas por volta dos anos 80), por certo responderiam que o ideal é começar pequenino, por volta dos sete anos de idade.


O que vocês sugerem para estas pessoas que estão querendo entrar neste meio, seja por profissão ou prazer?
Eu diria que seja por profissão ou seja por prazer, busquem orientação qualificada, nunca deixem de pesquisar, não aceitem nem proponham trabalhos que firam a ética e a dignidade de artista ou da Arte do Circo e que saibam honrar a tradição e seus Mestres. No mais, que sejam bem vindos, pois a classe é pequena.


O espetáculo “Acácias” fala sobre a degradação do homem com seu egoismo para com o mundo. Hoje estamos vivendo uma realidade nua e crua sobre o aquecimento global. Como um espetáculo como esse pode trazer uma nova perspectiva de conscientização? Ou não ouve nenhuma intenção de passar uma “alerta”?
Esse espetáculo teve dois momentos: Primeiramente tinha aquela visão romântica do grupo ATMOSFERA MÁGICA, e nenhuma intenção de conscientização, ficava no campo das imagens e da intuição, proporcionando um bem estar geral. Era interessante constatar, após as apresentações, pois o público vinha nos falar de seu entusiasmo.
Numa segunda versão, já com a AUTOJABÔ’s, ele ganhou consistência e um cunho mais social, os poemas falavam do ar contaminado e apresentavam o homem como principal condutor desse processo de degradação, porém, mostrava também a redenção e o perdão da natureza, acolhendo o homem em seu útero.
Isso porque eu acho que na verdade, a gente tem a noção exata do que estamos fazendo, ninguém mais precisa alertar ou apontar o erro, a gente precisa é, de fato, resgatar esse personagem que é o homem e fazê-lo sentir-se parte dessa degradação, parte dessa casa que está destruída porque assim ele vai querer consertar as coisas.
Eu, pessoalmente, não gosto de mostrar sofrimento em cena, sem apontar uma possibilidade sequer de saída ou de transformação.


Há em vista outros projetos como este?
Sempre. Não vejo o artista atuando fora de seu meio, fora de seu contexto, sem ligação com as questões que envolvem a humanidade, porque afinal, por toda a sensibilidade que o trabalho de artista requer, teoricamente, vislumbramos o futuro antes dos demais e mesmo sem levantar bandeiras, é nossa função estarmos antenados e a frente.


Ping pong maluco:
Um prato:

Elaina - natureba
Helder - As vezes um podrão

Um esporte: Circo

Time de futebol:
Elaine - Brasil
Helder - Circo e detesto futebol, pode !

Circo ou teatro:
Elaine - Os dois
Helder - Artes em geral

Bebida:
Elaine - água
Helder- de vez em quando uma cervejinha.

Um filme:
Elaine - Fúria de Titãs
Helder- Minha amada imortal

Um livro:
Elaine - Cem Dias entre Céu e Mar
Helder- Espiritismo segundo Allan Kardec

Droga:
Elaine - chiiiiii, careta total!
Helder- Tudo aquilo que te faz mal a curto ou a longo prazo

Vida sentimental:
Elaine - relax, tranqüila... no melhor momento
Helder- Elaine

Música:
Elaine - Vilarejo – Marisa Monte
Helder- Oswaldo Montenegro

Instrumento:
Elaine - Acordeon
Helder- Violão, flauta e sax

Um artista:
Elaine - Marisa Monte
Helder - Oswaldo Montenegro

Defina em uma frase :
*Helder:
(R.: Elaine) O parceiro mais fiel que já encontrei. O Companheiro ideal para todos os momentos. Ninguém me agüentaria como ele!
*Elaine: (Helder) No meu caminho, não tem pedras nem espinhos. Eu durmo serena e acordo com o canto dos passarinhos!
*palhaço: O personagem mais próximo da alma do ser humano
*amor: É o principio, o meio e o fim.
*vida: é um palco iluminado
*Deus: É a esperança, o porto seguro.
*País: Brasil, sil, sil, sil!!!!
*Estudo: sempre! Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa....
*Treinar: ai que delícia! Que saudade! Que vontade!
*Superação: Um misto de medo e prazer
*Circo: minha paixão
*Helder ou esparadrapo: um não existe sem o outro
*Elaine ou tintinha: Estou desenvolvendo muito carinho pela Tintinha, mas amo a Elaine.

Obrigado pela atenção, digam suas considerações finais.
AbraçosPalhaçais
Helder Pinto
Palhaço Esparadrapo (11)9114-3009

terça-feira, 7 de outubro de 2008

sábado, 4 de outubro de 2008

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O GAROTO


Um garoto chegou em casa e disse pro pai:- A professora mandou fazer uma frase sobre economia e eu não sei nada disso…- Não se preocupe, meu filho, vou te explicar de uma maneira bem simples. Olhe só: Eu, que trago o dinheiro pra dentro de casa,sou o capitalismo; Sua mãe, que administra tudo, é o governo; Nossa empregada, que faz o trabalho pesado, é a classe operária; Seu irmãozinho, o bebê, é o futuro da nação; E,você, meu filho, é o povo!
Então, o garoto, inteligente que era, foi dormir pensando em tudo aquilo. Quando era mais ou menos umas três da madrugada, o irmãozinho começou a chorar. O garoto então acordou e viu que o bebê estava todo sujo de cocô. O menino foi ao quarto dos pais e lá estava a mãe dormindo. Apesar de chamá-la com insistência, a mãe não acordava, pois dormia profundamente. Então foi ele procurar o pai pela casa e viu que ele estava no quarto da empregada, 'afogando o ganso'. No outro dia, na escola, tirou nota máxima em seu trabalho de classe com esta frase:
' O FUTURO DA NAÇÃO ESTÁ NA MERDA, PORQUE ENQUANTO O CAPITALISMO FODE COM A CLASSE OPERÁRIA, O GOVERNO DORME, IGNORANDO OS APELOS INSISTENTES DO POVO…'

A ARTE DO SORRIR

Existem vários artistas, mas nem todos trazem a pura exência do sorrir, limpar da alma, o acender da face resplandecente.
Uma arte pouco valorizada, mas uma arte que preenche o vazio do coração.
Uma arte, uma terapia.
O palhaço é a arte do fazer sorrir.
O Sorriso aformoseia o rosto.
Quem sorri os males espanta.
Então sorria, você está sendo filmado.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

PALHAÇO CHULIPÃO

O SORRISO AFORMOSEIA O ROSTO.